A economia do Brasil sofreu um rápido crescimento e, apesar do conseguinte aumento de preço dos imóveis, o mesmo ainda é inferior ao registrado em outros países emergentes, como é o caso da China. Diante desta perspectiva de mercado, a consultora Savills recomenda uma atuação rápida, pois investidores brasileiros e
sul-americanos estão percebendo a oportunidade e querem aproveitá-la antes da chegada do investidor estrangeiro.
Embora o incremento anual médio no preço dos imóveis tenha sido de 23% no Rio de Janeiro e 17% em São Paulo, a rentabilidade do aluguel de seus imóveis situa-se no mesmo nível de muitas das economias do ‘Velho Continente’, onde o mercado residencial proporciona rentabilidades inferiores às alcançadas pelas grandes economias asiáticas: Hong Kong, Cingapura, Coréia do Sul e Taiwan.
"Apesar deste forte incremento nos preços, o setor residencial brasileiro continua sendo um destino muito interessante para o investidor, sobretudo se comparado com outras cidades de primeiro nível do mundo", assegura Yolande Barnes, diretora da Savills Research Mundial. "Este fato – acrescenta –, proporciona razões suficientemente sólidas para optar pelo investimento no país".
Um crescimento impulsionado pelos eventos esportivos
O desenvolvimento do mercado residencial no Brasil vem acompanhado dos recentes descobrimentos petrolíferos, da escolha do país para acolher a próxima Copa do Mundo de 2014 e da realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Isto representou uma melhoria nas principais cidades, um melhor acesso ao crédito e, sobretudo, o desenvolvimento de uma classe média que pode permitir-se investir na aquisição de uma residência, com o conseguinte incremento de preços que esta procura provoca.
O Rio de Janeiro e São Paulo situam-se na liderança deste incremento de preços do mercado residencial. Desde 2008, os preços em São Paulo sofreram um aumento de 127% enquanto no Rio de Janeiro esta percentagem foi de 189%.
Da mesma forma, neste período os aluguéis cresceram em torno de 100%. No entanto, as taxas de juros diminuíram nos últimos 18 meses. Yolande Barnes conclui: "Abrem-se grandes oportunidades. O investidor estrangeiro deverá controlar a taxa de câmbio e vigiar as evoluções das taxas de juros e da inflação, mas ainda assim, o Brasil continua sendo mais interessante que outros mercados do denominado 'Novo Mundo', sobretudo da Ásia. Isso tudo supondo que seja possível obter o produto antes dos investidores locais, claro".
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